Quem nunca se perguntou sobre o sentido da existência? Qual é o objetivo da vida? Para que nascemos? Indivíduos de todas as classes sociais, raça ou credo têm refletido sobre estas questões. Buscar respostas para estas perguntas tem sido a grande preocupação de várias filosofias e religiões. A Programação Existencial (Proéxis), que faz parte de uma das especialidades da Conscienciologia, é uma das ferramentas que têm auxiliado a responder alguns destes questionamentos.
A Conscienciologia – ciência que estuda a consciência de maneira integral, considerando todos os corpos, existências e dimensões – defende que algumas consciências, antes de reencarnarem no plano físico, passaram por um curso intermissivo no plano extrafísico para elaborarem a sua Proxéis (planejamento de sua próxima existência intrafísica), com o auxílio de orientadores evolutivos.
Resgatar as informações obtidas neste planejamento é o grande objetivo da proéxis na intrafisicalidade. De acordo com a pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas Psicobiofísicas (Cepp), Cynara Correia, os agentes retrocognitores são os responsáveis em auxiliar o indivíduo a recuperar as informações sobre a finalidade de suas existências. “As terapias de um modo geral, psicoterapia e cursos que visam o autoconhecimento contribuem para este processo. Um instrumento mais específico é o Planejamento Pessoal, que tem o objetivo dinamizar o trabalho de crescimento pessoal, através do planejamento de atitudes e ações”, explicou a pesquisadora.
No Planejamento Pessoal, o terapeuta vai ajudar o indivíduo na elaboração da possível Proéxis, identificar os traços fortes, traços falhos e barreiras que podem atrapalhar o alcance dos objetivos, além de definir metas por área (familiar, profissional, lazer, etc.) e estratégias para alcançá-las. “Partindo deste ponto, trabalhamos para concretizar o plano de ação, pois um plano não realizado é um plano morto. Da mesma forma que alguém não pode colher os frutos de uma árvore que não foi plantada, não é possível alcançar os objetivos desejados se não nos esforçamos”, reforçou a pesquisadora.
Cynara destacou ainda que a reflexão sobre a proéxis está ao alcance de todos, já que independe de raça, religião, classe social. Ela ressaltou que as pessoas que aceitam a existência das realidades multidimensional e pluriexistencial estão mais abertas à experiência de pensar a vida como algo com um sentido maior do que nascer, comer, dormir, trabalhar, casar, ter filhos, ganhar dinheiro e etc.
Quando iniciar a proéxis – De acordo com a pesquisadora, já na infância é possível estimular este tipo de reflexão. A proéxis é dividida em duas fases. A primeira, de preparação, vai até 35 anos e é caracterizada pela definição profissional, constituição da família, busca da estabilidade financeira e do equilíbrio emocional e mental. A segunda, a de execução, inicia após os 36 anos e é caracterizada pela estabilidade emocional, maior conhecimento da natureza humana e discernimento, além do compartilhamento de experiências, colocando-as à serviço da humanidade.
Cynara Correia frisou ainda que ao longo da vida o indivíduo tem duas opções em relação a proéxis: cumprir ou não cumprir. Na primeira situação, ele recebe o nome de completista (aquele que completou razoavelmente seu projeto). Já quem não cumpriu é denominado incompletista (aquele que se desviou de sua programação existencial).
“Estima-se que apenas um pequeno número de consciências consiga ser completista. Por isto, a importância de nos ocuparmos o quanto antes com este assunto, lembrando que não nascemos em determinado local ou em determinada família por acaso. A nossa existência só tem sentido se nos apropriamos do que realmente somos, nossas alegrias e nossas dores, nossos traços fortes e nossos traços falhos, nossas simpatias e antipatias, compreendendo e aprendendo que somos seres em constante evolução. E para nós a evolução é um processo provocado, devidamente planejado e cuidadosamente executado”, ressaltou Cynara.
Discernimento – Para fazer a proéxis, é fundamental o uso do discernimento. De acordo com a pesquisadora, muitas vezes, ao longo dessa busca, o indivíduo pode se envolver em algumas fantasias, que ao invés de aproximá-lo de sua programação, na verdade o distancia. “Não se deve confundir a proéxis com “missões estapafúrdias ou messiânicas”. A maioria das pessoas ainda tem suas proéxis relacionadas ao grupocarma mais próximo (família, amigos, colegas de trabalho), requerendo delas o exercício de tolerância, solidariedade, humildade, fortalecimento da vontade, equilíbrio emocional, etc. É nos esforçando para sermos pessoas melhores, que poderemos tornar este mundo um lugar melhor”, destacou Cynara Correia.