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Centro de Estudos e Pesquisas Psicobiofisicas

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Autopensenidade: revelando-me a mim mesmo

Por Anette Leal

O que você pensa, você sente e faz?                        

O que você sente é o que você pensa e faz?

O que você faz obedece ao que você pensa e sente?

Pensar, sentir, fazer são as estruturas básicas que integram o que a Conscienciologia denomina de “pensene” – um misto de pensamento + sentimento/emoção + energia (que leva à ação).

Fica claro, logo de início, que como consciências nós não somos só os nossos pensamentos, nem só nossas emoções e muito menos nossas ações exclusivamente. Por conseguinte, não somos apenas o nosso corpo físico…

Pensamentos, emoções/sentimentos, energias/ações são apenas partes constitutivas de um complexo conjunto que embora se componha desses corpos mental, emocional, energético e físico, ultrapassa-os, sendo algo para além de suas partes!  

No entanto, por sermos tão inexperientes nessa disciplina, precisamos nos dedicar a estudar todos esses pedacinhos primeiro e entender como eles se influenciam e interferem na nossa programação existencial como consciências em evolução, pois estes são os nossos corpos de manifestação neste plano.

Quando tratamos dos nossos pensamentos, emoções e energias estamos tratando da nossa autopensenidade.

A autopensenidade é a qualidade da produção de pensenes realizada pela própria consciência, razão pela qual precisamos olhar com atenção (auto-observação) para a estrutura consciencial dos nossos pensamentos, emoções e energias, assim como para aqueles aspectos que são dificultadores ou impedidores de um pensenizar retilíneo, cosmoético.

A desperticidade é a condição da consciência que não mais se deixa influenciar pelos pensenes alheios devido à holomaturidade que já alcançou.

A consciência produz pensenes contínua e incessantemente sobre si e sobre os outros de dois tipos: (i) retilínea e organizada, ou (ii) caótica e dispersa. É interessante destacar que o modo como eu ou você e cada um pensa, sente e manifesta-se energeticamente é, segundo a Conscienciologia, herança da própria paragenética das consciências.

Assim não se trata de ter “herdado” dos pais a sua autopensenidade, mas de si mesmo. Por isso cabe a nós, somente a nós, o esforço de buscar maior lucidez sobre os fatos e parafatos de nossa holomemória.

A vivência na dimensão intrafísica que nos é assegurada por cada ressoma é a grande oportunidade de mudarmos a maneira de pensenizar. Assim como melhorar a qualidade da autopensenidade é a meta a ser perseguida por toda consciência em evolução, o que é possível ao longo das experiências vividas com lucidez.

Segundo a pesquisadora da Conscienciologia, Ana Seno, “o ideal é recuperar o máximo possível de cons (unidade de medida de lucidez da consciência) para acessar a holomemória de modo sadio e evolutivo”. O que implica na auto-observação e na prática de técnicas que levem ao autoconhecimento como a meditação, por exemplo.

O conteúdo de cada vivência possui elementos (fatos e parafatos) que devem ser observados, analisados e refletidos. Nada nos acontece por acaso! Desse modo, devemos aproveitar cada experiência autoconscientemente, presente no aqui-e-agora de cada momento.

No entanto, existem alguns dificultadores para mantermos a autopensenidade sadia, a saber:

  1. Travões evolutivos
  2. Imaturidades conscienciais
  3. Inabilidade parapsíquica
  4. Restringimento intrafísico
  5. Apagões mentais
  6. Esquecimentos compulsórios

A autopensenidade ou a qualidade dos pensenes que produzimos constitui o holopensene de cada consciência e é o que faz a conexão com consciências afins de mesmo padrão holopensênico. Ou seja, a nossa autopensenidade é o imã que atrai as consciências com as quais tenho afinidade de pensamento, de emoções e energética, tanto na dimensão intrafísica quanto na extrafísica.   

Portanto, a sua pensenização está refletida nas suas companhias e na sua comunicação evolutiva quer seja no intrafísico, quer seja no extrafísico.

A consciência tem liberdade para pensenizar o que quiser e é a sua intenção que serve de balizador, inclinando-nos para a condição de amparada(o) ou de assediada(o), conforme nossa própria escolha.

Outro ponto que merece destaque é o fato de que a autopensenidade para ser sadia, evolutiva e cosmoética não pode invadir ou tolher os direitos das demais consciências (conscin ou conciex). E o mais importante: essa delimitação não é imposta, mas estabelecida por cada consciência. Não há um código universal ou um livro sagrado que define o limite. Cabe a mim decidir por mim mesma onde fixar essa fronteira!

A autopensenização tem ainda um outro limite máximo: o de se restringir a um ato cosmoético, pesquisístico, abrangente para consigo mesmo visando ao crescimento pessoal. É com este propósito que se incentiva a auto-observação.

No exercício de expansão da sua autopensenidade, a consciência deve fazer uso do abertismo consciencial, diversificando e ampliando as possibilidades de percepção, apreensão, aprendizado, captação e navegação em seu próprio holopensene.      

A autopesquisa leva a consciência à investigação do seu cenário mental, íntimo, intraconsciencial onde produz seus pensenes, descobrindo as características, tipos, qualidade, intencionalidade, origem e estímulos dos pensamentos, emoções, e uso das energias.

Não é tarefa fácil, mas desafiadora porque implica em revelar a si mesma o funcionamento intraconsciencial, o que é bastante complexo. E porque é difícil, pode nos levar ao comodismo de um “repousante” desvio de foco na autopesquisa! Mas lembre-se: a autopensenidade é instrumento de autoconhecimento.       

De acordo com a Conscienciologia, “a qualidade pensênica depende sempre da vontade, da intencionalidade e da determinação de cada consciência, fatores relevantes para o caráter hígido, positivo, neutro, autodestrutivo, negativo dos pensenes”.    

A pensenização, quer seja positiva quer seja negativa é ação. A diferença entre ambas é uma simples questão de companhia: o otimismo (pensenes positivos) ajuda mais a evolução consciencial, pois atrai mais amparo; o pessimismo (postura pensênica negativa) retarda a evolução consciencial, pois tende a atrair mais o assédio).

A escolha é pessoal. Só você decide sobre o seu modo de pensenizar.

No entanto, qualquer que seja o modo por você escolhido, ortopensênico ou patopensênico, conscientemente ou não, há uma responsabilidade implícita e compulsória atribuída a você: o nascedouro do ato de pensenizar está sempre na própria consciência. A consequência é a possibilidade de estar autoamparada ou autoassediada.

Questionamentos: qual a qualidade dos meus pensenes? O quanto estou disposta(o) a fazer essa autopesquisa?